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CONSTRUÇÃO DOS PERSONAGENS:
- Lia
A personagem é forte e merece ser reconhecida por isso, inclusive de formas absurdas, mas como é ficção, a gente deixa de lado. É importante vermos personagens femininas assim na literatura jovem, que querem escolher seus caminhos, em vez de pegarem a história já pronta feita pelos pais, seguindo o que acredita e não o que é esperado dela.
- Rafe
Reizinho acessível que ganhou meu coração. O personagem é legal e cumpre bem a proposta de amor romântico, mas acaba cometendo uns deslizes machistas no livro três que faz a gente dar dois passos para trás, mas vamos combinar que salvar o amor da sua vida e depois ver ela querendo caminhar para a forca, não é algo que a gente olha e diz "Nossa, linda, arrasou, pode ir". Para um reino construído por guerreiros, como Dalbreck, vemos uma figura que mesmo tendo crescido "no campo de batalha", acaba tomando TODAS AS DECISÕES através de seus sentimentos. Desde a busca inicial dele pela princesa, até mandar todas as tropas para onde Lia diz que vai ser o ataque.
Parece que o personagem não tem passado e nem fé, antes de Lia aparecer em sua vida, as coisas só estavam sendo feitas para que ele se tornasse útil. Todo o passado do personagem é ao lado de Sven treinando e ao lado dos soldados, não como príncipe, mas como um deles, e isso é fantástico, porque ao contrário de Morrighan, a relação do rei com o povo, através dessa questão do exército, é de proximidade e servidão, abdicar da vida para salvar Dalbreck.
- Kaden
O personagem é mais bem escrito que o Rafe, o arco dele de também ser de Morrighan, ter sido violentado pela família e vendido por uma moeda dói na alma de qualquer um, principalmente por ter sido acolhido pelo inimigo. Ele tem o ar misterioso durante os dois primeiros livros, não se sabe se o que diz é verdadeiro, além de Venda vir em primeiro lugar. Vemos com Kaden que todos tem fé, ou nos Antigos, em poder ou apenas na pessoa que o salvou. Parece que a história do personagem é construída para ser de derrota, e não é possível que uma só pessoa tenha tantas desgraças acumuladas.
Em algum momento torci para que o pai dele não fosse esse ser-humano bizarro e ter sido um grande engano, com Kaden sendo acolhido de alguma forma, além pela família que ele escolheu.
- Komizar
Esse sim é personagem completo, possuí uma sede por poder insaciável, e não são necessárias muitas outras justificativas para explicar seus comportamentos. Ele sempre está vários passos a frente, e não deixa que ninguém fique no meio de seus objetivos. A crueldade que toma conta do Komizar, é semelhante com a crueldade que todos os reinos oferecem a Venda. Será que é possível após sofrer tanta violência não dar uma resposta violenta? Por isso o Komizar foi um dos que ficou mais tempo no poder, porque ele direcionou essa violência para fora dos muros de Venda, dando esperança de tempo melhores e vingança para aqueles que tudo o tiraram, inclusive a menina Morrighan, que pelas cantigas, também lhes foi roubada.
ACONTECIMENTOS
- A MORALIDADE DO ASSASSINO E DO PRÍNCIPE
Desde a publicação do primeiro livro no Brasil, em 2016, fiquei interessada em ler em algum nível, mas refleti duas semanas atrás e foi essa questão de não saber quem era quem, que me fez decidir o livro. Tendemos a defender o príncipe, pela sua representação do bom e belo, mas será que é isso que ele realmente representa? Quantas vezes as histórias dos bonzinhos Estados do Ocidente interferindo em outras nações, nos parece ser o certo, quando na verdade estamos sendo "Terroristas?". Me deixei desconfiar dos dois personagens, e a desconfiança foi tanta que não gostava muito de nenhum dos dois, mas acabei me afeiçoando ao Rafe, pelo espaço que ele deu à Lia ao ver Walter e imaginar que eles eram um casal, até porque ninguém merece um cara indo atrás da guria que ta namorando.
- O "TRIÂNGULO" AMOROSO FORMADO POR UM ASSASSINO E SEQUESTRADOR E UM PRÍNCIPE QUE CEDE TUDO
Não me parecia um triângulo amoroso, pois um dos caras era um assassino sequestrador, e não há como existir envolvimento amoroso voluntário nesses casos. Em relação ao príncipe, no início, enquanto ele era apenas isso, achei interessante a ideia dele se abdicar para salvar a princesa com seus amigos e soldados. Dalbreck é o reino do exército, e é fantástico ver que cinco soldados conseguem criar uma estratégia de fugir e saem todos vivos.
- A MITOLOGIA E O DOM
A autora fez uma interessante escolha ao incluir a mitologia na história. Tanto os personagens que tem "tudo" e os que não tem nada, tem a necessidade de acreditar em algo. Eles gostam de saberem que após a destruição dos Antigos, eles foram os escolhidos e vão prosperar. É praticamente uma necessidade de não ter medo ao olhar para trás, e conseguir pensar no próximo passo.
O Dom entra na história para contrapor que nesse mundo violento, nem todos os conhecimentos vêm da força, seja ela a física ou intelectual. Conhecimento é poder, e o conhecer de um povo é conhecer a sua história, que é distorcida em cada lugar. A história do reino de Morrighan é contada de uma forma, já a visão de Venda sobre isso é outra, e Dalbreck, que surgiu depois, já reconta diferente. Todas elas engrandecem seus narradores, todos são os abençoados, mas não sabemos o quão verdadeira cada uma é. A verdade acaba sendo uma coisa que se busca, não é sólida, e serve para acalentar as noites de desesperança.
E o Dom da Kaden é tão mal explorado que parece que é só uma justificativa para ele não matá-la de cara no primeiro livro e forçar um triângulo amoroso, e plantar ódio no coração de quem é Team Rafe, quando diz ter visto os dois com um bebê em Venda.
- VENDA
A história da cidade é extremamente sofrida, eles foram rejeitados e ficaram com os restos que nenhum outro reino queria. Não existem crianças e eles não deixam passar os erros, mesmo que seja para sobreviver. Lembrou-me um pouco a frase do caçador de pipas de que todos os pecados são derivados do roubo. Quando o "governador" do condado deixa de entregar carne aos pobres, ele rouba a possibilidade de alimentar quem deveria, quando uma criança rouba comida, ela ta roubando de outra boca que passa fome, um traidor no exército, roubando a esperança do reino prosperar. Não há excessos para ninguém, e as penas são duras por quem quer tirar o pouco de quem já não tem nada.
Lia se encanta com a cidade por ser o oposto do que ela tem em casa, mesmo sob as mais duras penas, ela sente que é mais uma irmã de alma e coração daquele povo, eles as vestem e a alimentam, nem que seja tirando dos seus, ou oferecendo apenas o que têm. O vestido feito de pedaços de couro do clã mais antigo é prova disso.
Contudo, não aceito ela ter ido para lá no final do livro. A construção da personagem já dava indícios disso desde o início, mas não parecia certo. Parecia que era a repetição da história de Morrighan, só ao inverso. Ela foi sequestrada e arrancada de seu povo, não lhe foram dadas muitas opções, e ao final, se apaixonou e construiu algo melhor com o que tinha a mão. A ideia da repetição da história nos alerta para o nosso mundo cotidiano, mas precisava ser alguém de fora para mudar o rumo de Venda? Tantas mulheres fortes são mostradas na história, a própria Calanta poderia ser uma boa Komizar, mesmo que isso não mudasse muito os moldes e desse início à democracia, deveria-se ter um processo próprio vindo do povo e não mais uma interferência vinda de fora, mesmo que isso fosse previsto pelos deuses.
Ao final, nós temos dois morrigheses administrando a cidade, mesmo que tenham se tornado filhos de Venda, é como se um bom governo e a esperança não brotar da sua própria terra.
- A GUERRA
Contada muito brevemente nos últimos capítulos, e sem muitas novidades a mais. É óbvio que o Komizar não ia mostrar todo o seu poder bélico à Lia, mas na Guerra só apareceu o cavalo que explodia e a explosão que fazia a pele criar bolhas. É uma Guerra, ela é para doer, e no final as perdas dos bons foram poucas, apenas Jeb. O mínimo que eu esperava do Komizar, é que ele fosse entregar alguém para a Lia em pedaços, ou que tivessem marchado com as cabeças daqueles que ela amava na linha de frente, já chegando mostrando que sempre se pode perder mais.
Acabou sendo um conflito que prometeu muito mais do quê cumpriu e foi decepcionante.
- A MORTE DO KOMIZAR
Que coisa mais sem noção, meus amigos. Não se deveria matar um dragão da maneira que ele foi morto. Entendo até a autora tirar a Calanta do além, para mostrar que ele foi morto por não ter continuada a se o homem que era no passado, tornando-se algo próximo ao pai dela. Mas com tudo que ocorreu, eu esperava muito sangue e perda, um conflito cheio de farpas e aquelas frases icônicas de raiva e "vou furar esse fudido por cauda disso". Tento ser positiva e imaginar que a autora quis trazer que até os piores dragões podem ser derrubados como humanos, e que devemos nos lembrar de não nos levantarmos como deuses, como fizeram os Antigos, mas não há como evitar o óbvio e dizer que foi sem graça. Esperava no mínimo que a Lia, o Kaden ou o Rafe fossem um dos assassinos.
- A PRINCESA QUE NÃO SALVA A SI MESMA
Se teve uma coisa que me incomodou horrores foi que a Lia não se salvou em nenhum momento decisivo. Ela sempre trazia que as lutas era dela e as consequências também, mas acabava sendo salva por alguém. A fuga de venda foi articulada por Rafe, a sobrevivência dela também, ela não fugiu da base de Dalbreck, e quando estava presa em Civica, custava a autora ter colocado alguns soldados vendanos para abrirem a porta da cela e elas derrubarem e logo depois encontrarem os soldados de Rafe? Ela lutava por escolher seu destino, mas ele sempre caia na mão de alguém de forma um tanto decisiva. Talvez a sua "salvação" tenha sido o sacrifício de ir para Venda reergue-la, mas parecia ser bem voluntário, mesmo que a guerra acabasse de outra forma, os vínculos dela seriam bem próximos e amáveis com os vendanos. Para mim, não colou.
- FINAL DOS PERSONAGENS SECUNDÁRIOS
Por que o final feliz tem que remeter a romance? Pauline e Kaden foi a pior coisa que li aqui. Por muito menos minha melhor amiga já diz para eu me livrar de cara escroto, e aí a irmã da Lia acaba se envolvendo com o cara que sequestrou a amiga, e ainda a ameaçou de morte, caso corresse para contar a alguém. As pessoa mudam, mas há coisas que não se dá para esquecer.
Pauline poderia ter ficado onde quisesse com o bebê, ela já era uma mulher determinada, e só foi ficando mais forte no decorrer da história. E parece que juntá-la com o Kaden, foi a solução da autora para acabar com tudo de ruim que sempre acontecia com o coitado.
Gwenthy (a menina da taverna) fica com Griz????? Por quê, Deus, por quê?
A mãe da princesa - foi bacana mostrar como a mãe parecia conspirar para o bem dela, de não querer o sacrífico da sua filha, e como deixou que ela tivesse as liberdade dos irmãos mais velhos, mesmo sendo mulher. É interessante ver o relacionamento dela com o rei, pois eles estavam prometidos, não se conheciam e com essa decisão que não lhes cabia, fizeram o melhor que puderam. É sobre isso que o livro trata, em muita das vezes.
- ROMANCE LIA E RAFE
Único romance possível sob condições "normais", afinal teve gente que tava torcendo pela Lia e o Komizar, qual é o problema de vocês? Não vou mentir que torcia por eles, e pouco antes dos 50% do livro, quando o Rafe estava sendo super escroto e tornando-a uma prisioneira, tive que procurar um diário de leitura do final para saberem se eles iam se ajustar, ou se ela ia ficar sozinha, porque se ela escolhesse o Kaden ia largar o livro ali. Não gostei da maneira de como quando o Rafe tornou-se rei continuou abdicando de tudo pela Lia, esse não é o padrão, ela não estava fazendo a mesma coisa. Parecia que os deveres dela eram mais importantes e os dele não, e alguém tinha que abdicar, e não seria ela. Parece a construção dos modelos de família que temos hoje, com alguém tendo que se sacrificar mais para o outro brilhar, e em uma história com uma personagem tão incrível, outra alternativa poderia ter sido buscada.
Quando o Rafe não queria deixar a Lia ir, não era por uma questão de preciso de uma rainha viva para o meu reino, que me sirva e seja obediente, era só uma maneira bem dura de dizer "Ta louca, mulher? Acha que te resgatei daquele inferno porque gosto de diversões perigosas? Se você ta nessa situação pós-traumática vou ir levando a nossa vida até você se recuperar". Com isso não quero defender ele ter tido umas atitudes ridículas que cortaram as liberdades dela, e de ter dado "falsas" esperanças para mantê-la viva, mas só falar que ele é um soldado; e que quando a própria Lia se vê como uma soldada de seu pai, não faz tão diferente.
Sei que não era o objetivo, mas nesse relacionamento, o Rafe também deveria brilhar, porque a Lia não merece nada menos que isso. O Rafe deveria estar ali para torna o relacionamento dos dois algo maior, e não uma maneira dela obter recursos para seus fins, seja como o cara que a salva, que a equipa com o melhor cavalo, que lhe dá soldados, que ajuda seu plano de reerguer venda. Ela acaba estando acima de tudo para ele, mas não parece que o contrário é válido. É tipo: "Lia, eu te amo" "Não faz mais que a sua obrigação". Será que se fosse o contrário, estaríamos achando o relacionamento bonito?
FRASES
“E se a gente não pode confiar em uma pessoa no amor”, acrescentei, “não se pode confiar nela para nada.” (Lia)
“As pessoas mentem todos os dias. Especialmente para os deuses.” (Lia)
Se a gente não pode confiar em uma pessoa no amor, não se pode confiar nela para nada. Algumas coisas não podem ser perdoadas. (Rafe)
Faria o que fosse necessário para trazê-la de volta. Eu a encontrei uma vez. E a encontraria novamente. (Rafe)
“Então tome sua decisão e viva sua vida conforme o que decidir.” (Sven)
“Que o seu cavalo chute pedras nos dentes do seu inimigo” (Natiya)
Livro 2
Vale a pena ter sonhos que não sejam grandiosos? (Rafe)
Às vezes, ganhar não é apenas uma questão de conhecer as regras, mas de fazer o seu adversário pensar que ele as conhece melhor que você. (Walther)
Livro 3
Passar tempo demais revivendo o passado não leva a lugar nenhum. (Rafe)
Quando perdemos uma batalha, temos que nos reagrupar e seguir em frente. Escolher um caminho alternativo, se for necessário. Porém, se perdemos tempo pensando em cada ação que tomamos, isso nos aleijará, e, então, não tomaremos ação alguma. (Rafe)
Rafe, você já se perguntou por que tinha que ser eu a ir para Dalbreck para garantir a aliança? Isso não poderia ter sido obtido também com a sua ida a Morrighan? Por que sempre é a moça que precisa desistir de tudo? Minha mãe teve que deixar sua terra natal. Greta teve que deixar dela. A princesa Hazelle da Eilândia foi enviada a Candora de forma a criar uma aliança. Por que um homem não pode adotar a terra natal da esposa? (Lia)
Tinha de ser alguém. Por que não você? (Dihara)
Você simplesmente não diz a uma mulher que ela não pode fazer alguma coisa (Tavish)
Não importa quem eu seja ou o que eu seja e nem o que o gabinete deseja. Você é o que importa para mim, Lia. Se já não sabe disso, encontrarei mais centenas de maneiras de mostrar os meus sentimentos a você. Eu a amo mais do que a um porto, mais do que a uma aliança, mais do que a minha própria vida. Seus interesses são os meus interesses. Vamos deixar que conspirações de reinos fiquem entre nós? (Rafe)
O príncipe provavelmente era o menor dos meus medos. Era o medo do desconhecido. Eu estava com medo do engodo e do dom que pensava não ter. Estava com medo de todas as escolhas perdidas que eu nunca seria capaz de fazer e com medo de que, pelo resto da vida, alguém sempre estaria me dizendo o que fazer, ou dizer, ou pensar, até mesmo quando eu tivesse melhores ideias próprias. Estava com medo de nunca ser algo além do que era adequado para os outros e de ser empurrada e cutucada até que me adequasse ao modelo para o qual eles me empurravam e de que eu me esquecesse de quem era e do que queria. E talvez, acima de tudo, tinha medo de que nunca fosse ser amada além do que um pedaço de papel havia ordenado que eu fosse (Lia)
Uma vez que ficamos com medo de fazê-lo, a tirania vence. (Lia)
Não sou uma coisa a ser protegida, Tavish, não mais do que ele. Minhas escolhas, assim como os riscos, são meus. (Lia)
A expressão de Rafe naquela última noite, quando ele me jogou junto à parede dos alojamentos, permanecera comigo. Ele estava selvagem com o medo, com o medo de deixar que ela partisse, mas ele o fez. Uma coisa que eu não tinha feito, não importando quantas vezes ela tivesse me pedido para libertá-la enquanto cruzávamos o Cam Lanteux. (Kaden)
Algumas traições são muito profundas para serem perdoadas um dia. (Lia)
Tudo se resume a poder e a uma fome insaciável por ele. (Lia)
A verdade não pode ser contida na palma da mão de um único homem. (Lia)
Fingir que você não está sentindo dor não vai fazer com que ela desapareça. (Pauline)
Você é aquilo que precisa ser (Pauline)
Eu odiava isso de ser “melhor assim”. Nunca era melhor assim. Essa era uma frase que colocava uma cobertura de açúcar nas migalhas que sobraram das nossas opções. (Lia)
Sabe, se você morrer nessa batalha, não terá que se casar com ninguém. (Tavish)
Não se passa um dia sem que eu deseje roubar de volta algumas horas — sussurrou ele. — Sem que eu deseje roubar de volta o gosto da sua boca na minha, a sensação dos seus cabelos torcidos entre os meus dedos, a sensação do seu corpo pressionando o meu. Não se passa um dia sem que eu deseje ver você rindo como na época em que estávamos em Terravin.
Ele deslizou a mão atrás de mim e puxou meus quadris para junto dos dele, com a voz rouca, os lábios roçando o lóbulo da minha orelha.
— Nunca se passa um dia sem que eu deseje roubar de volta uma hora na torre de vigília de novo, quando eu estava beijando e abraçando você e... — a respiração dele estremecia junto à minha orelha — e eu queria que o amanhã nunca chegasse. Quando eu ainda acreditava que reinos não poderiam ficar entre nós. — Ele engoliu em seco. — Quando eu desejava que você nunca tivesse ouvido falar de Venda.
Ele se reclinou, e o infortúnio nos seus olhos me cortava.
— Mas estes são apenas desejos, Lia, porque você fez promessas, e eu também. O amanhã virá, e ele será importante, para o seu reino e para o meu. Então, por favor, não me pergunte de novo se eu desejo alguma coisa, porque não quero ser lembrado de que todo dia eu desejo alguma coisa que não posso ter. (Rafe)
A separação entre os bons e os maus ainda não estava acabada. (Morrighan)
Havia muitas formas de uma vida ser sacrificada, e nem sempre era morrendo. (Lia)