O peso da escravidão moderna
19:30
Título bacana, né? Podia até ser um artigo de sociologia ou a tese para um TCC de Humanidades, mas sou apenas eu mostrando a minha opinião ao mundo. Fiz um comentário em relação a uma reportagem que meu professor de História enviou.
Se quiser ter plena noção do meu comentário recomendo a leitura da reportagem, mas se quiser saber apenas a minha opinião sinta-se a vontade.
Uma boa parte da população (a que
não acha um tabu falar sobre preconceitos) imagina que o racismo é um grande
problema brasileiro que acaba gerando
alguns outros. Quando a verdade o problema está muito mais embaixo. Dizemos que
o fim da escravidão ocorreu em 1888 quando ele ainda existe em nós, a Lei Áurea
nada mais foi do que mais uma lei que não se aplicou em nosso país.
Em nossas mentes ainda imaginamos
que o negro é submisso, que sua força é a mais valia da burguesia, seus ombros
carregam injustamente o peso de uma sociedade que lhe ignora. O que difere o
nosso pensamento do português “aproveitador” que usou de nosso território para
enriquecer burlando as leis morais? O que se consegue construir (em boa
qualidade) em cima da lama? O que poderia ser produzido além de obras
artísticas que mostram a beleza e injustiças da lama?
Não adianta culpar a sociedade e
declamar horrores sobre o tema quando somos nós que a formamos. A morte desses jovens nada mais é que o assassinato de “objetos” de nossos senhores, a desculpa
dos policiais é a modernização do “Estavam fugindo e querendo montar quilombos”
dos feitores; retratando que é melhor morto do que livre, que é melhor não
existir do que fugir da visão de sofrimento e dor que devem carregar.
Na série de ficção britânica
Doctor Who, em uma das passagens diz-se que as criaturas mais atrozes as vezes
deixam passar uma vitima e que dessa forma elas conseguem viver bem e matar
milhões, pois por capricho deixam uma ficar bem.
Essa é a sociedade criada por
nós, vez por outra deixa um escravo virar um assalariado, um vendedor ou até
mesmo um feitor, que passa a escravizar outros iguais a si. É o caso da
Ministra da Igualdade Social, ela é um cartaz ambulante de que se você tiver
sorte e o vento soprar ao seu favor em um dia especial, você pode ser
promovido.
Não adianta se contrariar e
pregar o ódio contra o racismo e os próprios racistas enquanto você, como
representante da raça humana e um ponto na sociedade ainda não assinou a sua
alforria.
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