Leonardo (Ghilherme Lobo) é um típico adolescente em fase de descoberta. Mesmo com as "piadinhas" e o bullying na escola, por ser cego, ele não se põe dentro de um casulo de dor e lágrimas. Ele já está adaptado a uma escola, e lá conhecemos Giovanna (Tess Amorim) a sua melhor amiga e ocasional olhos. Como alguns típicos clichês, ela gosta dele e ele nem nota; por isso não é de se estranhar que a chegada de Gabriel (Fábio Audi) vá incomoda-la, principalmente por ele transformar a dupla perfeita em um trio (daquele tipo que alguém fica se sentindo excluído, e adivinha quem é?).

Com o passar do tempo, nosso protagonista junto a Gabriel começa a quebrar várias da coisas que cegos "não podem fazer" como ir ao cinema e ver um eclipse. A família superprotetora de léo, vamos dar uma ênfase na mãe, não aprova nenhuma dessas coisas e é até resistente a ideia dele ir à festas, ao acampamento da escola e até mesmo de ficar sozinho em casa; o que só incentiva a ideia de um intercâmbio e de uma possível libertação na cabeça do léo.

No final das contas Leonardo vai a tal festa e em meio a uma confusão quase beija um cachorro sem saber; mas para sua surpresa o que recebe mesmo é um beijo de Gabriel. Depois o próprio Gabriel diz que não lembra de nada e o léo só fica mais confuso. Ele não sabe como lidar com a descoberta do homossexualismo e não vê a quem pedir uma ajuda. 

Resenha bem grandinha, né? Não consegui evitar, me segurei bastante para não contar tudo e estragar a experiencia de vocês. Eu realmente precisaria escrever que amei a história do início ao fim? A história é bem "limpa" e como isso quero dizer que é pura e simples. Normalmente não comento sobre a trilha sonora, mas essa é tão minha cara que não havia como não falar. As musicas escolhidas são calmas e suaves (e tem Cícero <3).

Uma das coisas que mais gostei foi a maneira como a homoafetividade foi tratada. Não havia nada de espantoso ou de outro mundo, como tanta gente acha por aí. Era só mais uma coisa na cabeça jovem e inexperiente do Leonardo.

Lembro que quando fui ler resenhas vi muita gente dizendo que acho meio artificial algumas coisas, pois o Ghilherme não é realmente cego (ta aí uma surpresa porque parece muito). Falavam que ele não se batia e sabia onde estavam as coisas dentro de casa. Deixa só eu falar uma coisa. Você já teve a experiência de andar em casa à noite e no completo escuro? Se sim (e caso não estivesse sobre o efeito de drogas) por acaso você se bateu nas coisas? Então tá respondido.

Trailer:

Curta-metragem:

P.s: Não sou de colocar gif em resenha, mas não tive como evitar. (Queria colocar outro, mas achei que podia ser chato pra quem não viu)